Esses slogans fizeram parte de uma das campanhas publicitárias
do governo Médici iniciada no Brasil em abril de 1970, o ano da copa,
incentivando ao nacionalismo. Eram adesivos fixados em
parachoques e parabrisas dos carros
Publicação na revista Veja em setembro de 1970
O
ano de 1970 talvez tenha sido o de maior exaltação patriótica no Brasil. Os
festejos da semana da pátria nesse ano foram intensas e, o material promocional
enaltecendo o país, bem diversificado. Dentre esses acessórios simbólicos, os
adesivos para veículos foram os que mais proliferaram.
As frases com incentivo ao otimismo nacionalista da ditadura militar,
eram muito usadas por anunciantes de diversos produtos, como
nesse anúncio do Salão da Criança de 1970
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Anúncio Atlantis - 1970
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Anúncio Supermercados
Disco Charque 1970 |
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Anúncio ufanista Ford-Willys - 1970
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Anúncio com conteúdo ufanista da agência Norton Publicidade de 1970
Propaganda no governo Médici sobre a semana da pátria
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Propaganda enaltecendo o governo militar do presidente Medici - 1970
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A ditadura militar de Médici, fez uso da conquista do campeonato
de futebol em 1970,como parte da campanha publicitária
"pra frente Brasil" e fortaleceu o espirito nacionalista no povo.
CENSURA
Matéria de capa do Jornal do Brasil de 19 de abril de 1970,
onde o texto revela a acirrada censura do regime militar não só para as publicações
nacionais como as estrangeiras. O mesmo Jornal do Brasil sofreu sanções do
governo que retirou a publicidade das empresas estatais em 1970, com perda de
15% de sua receita, sendo obrigado a "negociar" com os militares, isto
é, a amenizar sua postura crítica em relação ao governo.
No período em que o AI-5 (Ato Institucional nº 5) esteve em
vigor entre 1968 e 1978, qualquer forma de veiculação passava por inspeção de agentes
da polícia federal. Música, programas televisivos, peças teatrais, programas de
rádio, cinema, livros e jornais eram todos avaliados antes da publicação.
No inicio da década de 70, os jornais e revistas foram os
que mais sofreram com o Decreto-Lei nº 1.077, de 21 de janeiro de 1970 que instituía
a censura prévia, estipulada de duas formas: ou agentes censores ficavam permanentemente
na redação dos jornais e das revistas, para decidir o que poderia ou não ser
publicado, ou os veículos eram forçados a enviar, com antecipação, o que
pretendiam publicar para a Divisão de Censura do Departamento de Polícia
Federal, em Brasília.
A censura foi implacável no governo do General Médici, entretanto
tornou-se gradativamente mais leve após o governo Geisel, em 1975.
TERRORISMO
O terrorismo no Brasil se iniciou nos anos 60, após o golpe
militar de 1964 e, continuou na década de 70 com mais intensidade.
Esses grupos de terroristas, que pregavam o
anti-imperialismo e a luta armada para a derrubada do regime militar seguiam
ideologias comunistas de diferentes procedências: a linha chinesa de Mao
Tsé-tung; a soviética marxista-leninista e o regime comunista de Fidel Castro,
muitos treinados em táticas de guerrilha em Cuba.
Nos encontros nos chamados “aparelhos” eram planejados ações
subversivas, que envolviam assaltos a bancos, comércio, hospitais; sequestros
de representantes do corpo diplomático; panfletagens; preparativos para desencadeamento de
terrorismo rurais; aliciamento de novos adeptos.
Os aliciamentos na área estudantil, eram desenvolvidos,
segundo depoimentos de terroristas presos, com o seguinte esquema: “buscavam os aliciadores romper o espirito
religioso do jovem a ser conquistado para a “organização”. Nessa fase jamais
diziam que se tratava de movimento comunista ou subversivo. Procuravam
apresentar a “organização” como um grupo que visava à luta igualdade entre os
homens e soluções para os diversos problemas do país”. Uma vez que os jovens eram doutrinados e
sabedores da real intenção da “organização” não podiam voltar atrás, pois eram
ameaçados caso a abandonassem.
Dentre os vários atos cometidos pelos terroristas, vale destacar que só em 1970 três diplomatas estrangeiros foram sequestrados,
cinco aviões brasileiros foram desviados para Cuba. Com esses feitos
espalhafatosos que o terrorismo perdeu sua guerra. A cada investida de êxito,
ele ajudava a estimular o regime militar a tomar medidas mais drásticas. Em
julho de 1970 o chefe do Estado Maior, general Antonio Carlos da Silva Murici,
admitia que cerca de quinhentas pessoas estariam
presas por atos subversivos
Segundo a Revista Veja de dezembro de 1979 de 1970 a 1973 o
regime de repressão “desbaratou o terrorismo em menos de três anos e,
exterminou, uma a uma, todas suas figuras lendárias: Joaquim Câmara Ferreira, o
“Velho”, líder
do grupo VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) cérebro dos sequestros de diplomatas, foi oficialmente dado como morto
por atropelamento. O capitão Carlos Lamarca teve fim de cangaceiro no sertão da
Bahia”. Lamarca
comandava o grupo VPR e posteriormente se juntou ao MR-8 (Movimento
Revolucionário 8 de Outubro ).
Muitos dos desmantelamentos dos grupos terroristas foram causados por
denuncias da população vizinha aos aparelhos ou regiões onde atuavam. Eu vivi a
época da ditadura militar e, para ser sincero, o povo brasileiro não aceitava as ações dos terroristas (como aceitar) muito menos das ideologias comunistas que queriam implantar no Brasil.
Em 1971, as autoridades policiais e militares distribuíram,
nas principais cidades brasileiras, uma série de cartazes contendo nomes de supostos
terroristas, procurados por assaltos a bancos, ataques a quartéis e veículos do
exército, sequestro ou, simplesmente por deflagrar ideias políticas contrárias ao
regime da ditadura militar. Esses cartazes eram fixados em áreas de grande
circulação de pessoas, como estações de trem.
Anúncio do jornal O Pasquim no início da década de 70,
satirizando os cartazes distribuídos com fotos e nomes
dos terroristas
procurados pelo regime militar.
Jornal no estilo tabloide editado entre 1969 e 1991, O
Pasquim era caracterizado por sua oposição ao regime militar com textos
descontraídos, ilustrado com charges e cartuns bem humorados realizados por
cartunistas famosos como Henfil, Ziraldo e Henfil. Chegou a ter tiragem de
200.000 exemplares.
Seis faces de um terrorista
O disfarce era um dos truques adotados pelo terrorismo na
década de 70. Além da cirurgia plástica e de peças postiças, utilizavam-se de
métodos caseiros, como no caso das fotos acima de Bruno Daltech, raspando o
bigode, cortando o cabelo ou deixando a barba crescer, criou seis rostos
diferentes. Só não conseguiu disfarçar as linhas das orelhas e errou ao usar os
mesmos óculos.
Terrorista condenado a morte
Capa do Jornal do Brasil de 19 de março de 1971 com matéria da primeira condenação à morte no Brasil republicano.
Teodomiro dos Santos, de 19 anos (no primeiro plano da foto), foi condenado à morte em
18 de março de 1971. Foi o primeiro caso de condenação à morte no Brasil
republicano. No dia 27 de outubro de
1970, enquanto era conduzido num jipe policial depois de ter sido preso num “aparelho”
(local de reunião de terroristas) em Salvador, Teodomiro, mesmo com o braço
direito algemado ao esquerdo de seu companheiro Paulo Pontes, preso na mesma
ocasião, conseguiu apanhar um revolver e matou a tiros o sargento da Aeronáutica
Walder Xavier de Lima, agente do CODI (Centro de Operações de Defesa Interna).
A condenação de pena de morte seria por fuzilamento, segundo a Lei de Segurança
Nacional assinada pelos ministros militares em 1969, mas, coube o recurso de
apelação, com efeito suspensivo para o Superior Tribunal Militar.
O julgamento foi realizado em Salvador pelo Conselho de
Justiça Especial da Aeronáutica, nomeado pelo ministro da aeronáutica, formado
por dois tenentes-coronéis, um
major-aviador e um tenente coronel intendente.
Teodomiro dos Santos e Paulo Pontes (26 anos), foram também acusados
de pertencer ao Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e, anteriormente
tinham assaltado uma agência do Banco da Bahia. Paulo Pontes foi condenado à
prisão perpetua.
Esse anúncio de 1970 da empresa mineira Etra, não censurado e
publicado em jornal do Rio, chama a atenção com
uma analogia aos "aparelhos" (local de reunião dos terroristas).
Anúncio de 1972 publicado em jornal, faz referência à manifestação
pública, proibida pelo regime militar.
Com
tantos violentos ataques terroristas à ordem política e social estabelecida,
ocorridos no início da década de 70 no Brasil, esse anúncio da Electra de 1971,
faz uso da palavra subversão que o governo militar estava criando na época,
no
sentido de revolucionar, ou quebrar paradigmas visando o bem estar social.
O caso Boilesen
Na manhã de 15 de abril de 1971, próximo à Avenida Paulista
em São Paulo, o empresário Henning Albert Boilesen foi executado a tiros por cinco militantes dos grupos de terrorismo Vanguarda Popular Revolucionária e do Movimento Revolucionário Tiradentes.
Boilesen era presidente da empresa Ultragaz e fundador do órgão
Operação Bandeirante (OBAN) que deu origem, com o mesmo modus operandi do DOI-CODI CODI
(Destacamento de Operações de Informações-Coordenação de Defesa Interna).
O noticiário da época dizia que o empresário tinha sido
morto como vingança pela morte de militante de um grupo de esquerda. Na
verdade, o empresário arrecadava fundos junto a grandes empresas para manter a infraestrutura
da Operação Bandeirante que tinha como objetivo a caça e torturas de
integrantes de movimentos de esquerda. Segundo relatos de militares e
militantes da época, o empresário tinha o habito sádico de assistir as seções
de torturas realizadas pela Operação Bandeirante.
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OS GOVERNANTES
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General Médici e General Meira Mattos -
Academia Militar de Agulhas Negras - 1970
Delfin Neto ministro da economia do governo Médici e posteriormente ministro
do planejamento e agricultura dos outros governantes da ditadura militar.
Foi criticado como corrupto e manipulador de dados sobre a inflação,
para manter a imagem do chamado "Milagre Econômico" brasileiro.
Reunião entre presidente Médici e seu sucessor General Geisel - 1973 |
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General Ernesto Geisel foi presidente do Brasil no
período de 1974 a 1979
General Geisel na Academia da Força Aérea - 1974
General Geisel - Rio de Janeiro - Foto: Luiz Humberto
General Figueiredo - 1978. O último presidente da ditadura militar,
foi destinado a consolidar o processo de abertura política. Foto: Carlos Nambra
General João Figueiredo, presidente do Brasil entre 1979 e 1985
General Figueiredo com Antonio Carlos Magalhães -
Brasilia - 1979 - Foto: Carlos Namba
General Figueiredo e Paulo Maluf - 1978 - Foto: Carlos Namba
MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS
Comício em São Paulo - 1974. A partir do governo Geisel,
foi iniciada uma gradativa abertura política em que
manifestações públicas eram permitidas
Concentração do Movimento Custo de Vida em São Paulo - 1978
Foto: Rosa Gauditano
Assembléia dos metalúrgicos de São Paulo - 1978
Assembléia dos Metalúrgicos reune 60.000 trabalhadores em São Bernardo
em 1979 - Foto: Pedro Martinelli
Lula quando era presidente do Sindicato dos Metalúgicos, no Estádio de Vila Olimpia em São Bernardo do Campo, liderando a greve dos metalúrgicos - abril de 1979
Dois anúncios da ANFAVEA - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos de maio de 1979 quando ocorriam as greves dos metalúrgicos no ABC paulista.
Copa do mundo de futebol no México em 1970
Um dos fatos marcantes da década de 70, foi o tri campeonato mundial de futebol conquistado pelo Brasil em junho de 1970.
Equipe completa
Jogadores titulares com o técnico Zagallo
Tostão
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Pelé
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Pelé comemora a conquista do título |
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Pelé comemora gol com Jair
Carlos Alberto segura a taça Jules Rimet
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Na capa da edição de 8 de junho de 1970 do Jornal da Tarde,
destaque para a vitória do Brasil contra a Inglaterra no campeonato
Mundial do México. A sequencia fotográfica mostra várias expressões de
um torcedor assistindo o jogo em praça pública no Brasil.
Fotos: Rolando de Freitas
Anúncio de 1970, do partido político ARENA usando parte da sequencia fotográfica anterior.
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Vale do Anhangabaú em São Paulo: 500 mil pessoas aguardavam
a chegada da seleção brasileira de futebol - junho de 1970
Seleção brasileira de futebol chega a Brasilia.
Junho 1970 - foto: Roberto Stuckert
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Presidente Médici segura a taça Jules Rimet em Brasília.
A conquista do título serviu como propaganda política na
ditadura militar
Capa da revista O Cruzeiro - junho de 1970
Anúncios publicados em jornais, um dia
após a vitória do Brasil na Copa de 1970
Anúncio União de Bancos Brasileiros - 1970
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Anúncio BUA - British United Airways - 1970
Anúncio Casa Tavares (Rio) - 1970
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Anúncio Televisor Colorado RQ - 1970
Anúncio Induco Dover - 1970 |
Anúncio Chevrolet - GM - 1970
Anúncio Hercules - 1970
Rodovia Transamazônica
Foto: Folha de São Paulo
Foto: Solano José
Com a suposta idéia de colonização da Amazônia e instalar 500 mil colonos em agrovilas ou,
como disse o presidente Médici: “levar “homens sem terra para uma terra sem homens”, a
rodovia Transamazônica foi o maior projeto faraônico da ditadura militar. A ideia original
era a construção de 8 mil quilômetros de rodovia que se iniciava no estado da Paraiba
e atravessaria 7 outros estados, e dois países vizinhos: Peru e Equador.
O
presidente Garrastazu Médici (ao centro), junto com ministros, inaugura
em 09
de outubro de 1970, no município de Altamira no Pará, o marco
comemorativo do
início dos trabalhos de construção da Rodovia
Transamazônica. Foto: Jornal do Brasil
Foto: Roberto Stucker
Inauguração de primeiro trecho da Rodovia Transamazônica. Na foto, Emílio Garrastazu Médici (à dir.) e o ministro dos Transportes, Mário Andreazza, cumprimentam-se, após ser descerrada a placa inaugural, em Jacareacanga - PA em 1974.
Em matéria do Jornal do Brasil de 1975 foi mencionado que os dois mil quilômetros inaugurados não passavam de "pistas estreitas, atoleiros e perigosas pinguelas" e que no futuro, "a Transamazônica demonstrará ter sido um erro político. Um erro político muito caro."
Transamazônica: Propaganda ufanista e enganosa
do Fuscão (Volkswagen 1500) de 1971.
Trecho da rodovia Transamazonica em 1976 - Foto Carlos Nambra
Até hoje, a Rodovia Transamazônica segue inacabada, com
cerca de 4000 km, (metade desse valor asfaltada) e, o restante,
intransitável como mostrado na foto acima.
Tragédias em São Paulo
Incêndio no Edifício Andraus
O primeiro dos grandes incêndios ocorridos na cidade de São Paulo, foi no Edifício Andraus no dia 24 de fevereiro de 1972. O prédio com 29 andares, localizava-se na Avenida São João na região central da cidade. O fogo começou com um curto-circuito nos cartazes de propaganda das Casas Pirani (loja de departamentos), instalados na marquise do Andraus. Dezesseis pessoas morreram carbonizadas ou por se atiraram pelas janelas e outras 320 ficaram feridas. Cerca de 400 pessoas foram resgatadas por helicóptero no topo do edifício. Fotos: Carlos Nambra e AE
Se aproveitando da tragédia do Edifício Andraus, a Federação Nacional
das Empresas de Seguro, publicou este anúncio logo em seguida.
Incêndio no Edifício Joelma
O incêndio no edifício Joelma, no centro de São Paulo, ocorrido no dia
01 de fevereiro de 1974 foi a maior tragédia da década de 70, quando 188
pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas. Esse fato reabriu a
discussão popular com relação aos sistemas de prevenção e combate
a incêndio nas metrópoles brasileiras. Foto: Ariovaldo Isaias
O edifício foi reformado e, em 1978 foi reinaugurado
como o edifício mais seguro da capital paulista.
Foto do Joelma em 1979: mesmo com toda a segurança,
houve poucos interessados em alugar alguma sala comercial.
O Julgamento da década
Ângela Diniz
Ângela
Diniz, desquitada, rica e bonita, aparecia sempre nas colunas sociais, e em
capas de revistas, conhecida como “a pantera de Minas”, estado onde nasceu.
Morava em um apartamento em Copacabana e mantinha um relacionamento com o
jornalista Ibrahim Sued antes de conhecer Doca Street.
Ângela Diniz: A Pantera de Minas
Doca Street (Raul Fernandes do Amaral Street) era conhecido
como um “bon vivant”. Filho de pais ricos, sem profissão definida, era casado
com a milionária Adelita Scarpa quando conheceu Ângela Diniz em uma festa. Os
dois viveram um intenso relacionamento amoroso de três meses, segundo Doca, de
"lua-de-mel de loucuras” com muito sexo, uísque, champanhe e cocaína.
Ângela Diniz assassinada com quatro tiros
No dia 30 de dezembro de 1976, em casa alugada na cidade de Búzios,
no estado do Rio de Janeiro, quando Ângela quis o termino do
relacionamento, Doca Street, após usar o
velho clichê machista: “se você não for minha, não vai ser de mais
ninguém”, disparou quatro vezes
no rosto de Ângela Diniz.
Julgamento de Doca Street em Cabo Frio - Foto: Foto Amiccuci Gallo
Doca Street foi julgado em 18 de outubro de 1979 e
“condenado” a dois anos de prisão com direito a sursis (suspensão condicional
da pena). Segundo o advogado de defesa o réu assassinou Ângela Diniz “em
legitima defesa da honra” por ter sofrido “violenta agressão moral”. Os
advogados alegaram que Angela queria levar uma vida libertina e esta foi a
motivação para o crime. Doca Street saiu livre e ovacionado do tribunal.
Pediam-lhe autógrafos nas ruas.
O julgamento do século, segundo a imprensa da época, ocorreu
na cidade de Cabo Frio, com 21 horas de duração, com o fórum lotado em clima de show circense, ou como disse um
subprocurador: “nunca vi vaias, aplausos
e risos no júri, parecia o auditório do Chacrinha”. Toda a imprensa
nacional se fez presente. Só a TV Globo destacou para a cobertura do julgamento
doze jornalistas, 56 técnicos e treze viaturas.
Em 1981 após um segundo julgamento e, com a opinião publica
contra o acusado, Doca Street foi condenado a 15 anos de prisão
Na época, o poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu:
"Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras".
Metrô de São Paulo
O primeiro Metrô do Brasil nasceu na cidade de São Paulo.
Em 1970 é iniciada a construção do primeiro trecho de 6,4 km
entre os bairros do Jabaquara e Vila Mariana. Boa parte da
construção foi realizada no sistema de “trincheiras” o que
causava transtornos no comércio e trânsito local.
Anúncio sobre a inauguração da primeira linha do Metrô de
São Paulo, em 14 de setembro de 1974.
Ponte Rio-Niterói
A Camargo Corrêa foi uma das empresas que contribuiu na
construção da ponte que liga Rio de Janeiro a Niterói,
tida como uma das grandes obras da década de 70 e
inaugurada, com a presença do presidente Medici, em
4 de março de 1974.
Programas de televisão nos anos 70
Programação da TV em São Paulo – 1979. Haviam seis emissoras
com
programação que se iniciava após as 11 horas (menos a TV Globo e Tupi)
e,
por volta das duas horas da manhã não tinha mais o que assistir na TV.
São Paulo e Rio de Janeiro eram privilegiados com mais emissoras, o resto
do país eram poucos os canais disponíveis, e a transmissão/recepção
dos canais eram péssimas.
Câmera e Chico Anysio em 1970
Chico Anysio Especial - rede globo- 1970
comediante Jorge Loredo (Zé Bonitinho) no programa
Chico Anísio Especial - Rede Globo - 1971
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Programa "Faça humor, não faça a guerra" com Jô Soares - Rede Globo - 1970 |
Jô Soares no personagem Norminha em Faça Humor não Faça a Guerra - 1971
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Jô Soares - 1970
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Humorista Costinha no programa Café sem Concêrto - TV Tupi - 1970
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Personagem Teobaldo (Roberto Marques) do guaraná Antarctica para comercial de TV, fez muito sucesso em 1971. Os anúncios tinham como tema central a expressão “Boko Moko” que significava
algum objeto ou palavra antiquada, brega, em desuso e, como antídoto ou cura,
era tomar o guaraná Antarctica. A expressão “Boko Moko” se tornou um jargão
popular na época.
Ver comercial no link: http://www.youtube.com/watch?v=cMhUte-fasc
Anúncio impresso do Guaraná Antarctica
com o personagem Teobaldo - 1971
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Anúncio programação TV Tupi em 1971
Chico Anysio em "Azambuja e Cia" - Rede Globo - 1975
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Programa A Grande Família - Rede Globo - 1972
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Programa Xerife, Shazan e Cia. - Rede Globo - 1972
De 1957 a 1971, o humorista Manoel de Nóbrega, quase sempre na Rede Record,
estava presente no banco da "Praça da Alegria" para falar e escutar personagens
que inventava baseados em tipos populares. Na foto da esquerda ele está
com Silvio Santos e na direita com Moacyr Franco. Ele faleceu em 1976.
Miele e Ronald Golias no programa "A Praça da Alegria" -
Rede Globo - 1977
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Derci Gonçalves - 1971 - Foto David Zingg
Dercy Gonçalves no programa "Derci Colores" -TV Bandeirantes - 1972
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Dercy Gonçalves e a cantora e jurada de programa de auditório Aracy de Almeida
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Várias personagens de Marília Pera no programa Viva Marília
que durou seis meses na TV Glogo - 1973
Ibrahim Sued famoso colunista social em duas fotos - antes-depois de
cirurgia plástica. Ele se apresentava no Jornal da TV Globo - 1973
Ibrahim Sued lançou em 1972 seu livro: "20 Anos de Caviar"
Flavio Cavalcanti Programa
"Um instante maestro"
- abril de 1976
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Programa Flavio Cavalcanti
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Capa da revista Veja de março de 1973. Programa Flavio Cavalcanti censurado
e suspenso por dois meses, por apresentar matéria com o tema
"o homem que emprestou a mulher a um amigo".
O estilista de moda Dener (Dener Pamplona de Abreu), precursor da alta-costura brasileira,
teve sua participação em programas de televisão no início da década de 70. Durante seis
meses foi jurado no programa de Flavio Cavalcanti. Fez programas para a TV Itacolomi
de Belo Horizonte e TV Bandeirantes, sempre com altos caches para a época.
Dener faleceu em 1978. Foto de Carlos Nambra de 1972.
Buzina do Chacrinha - anos 70 - TV Globo
Anúncio Rede Tupi - Programa do Chacrinha - 1976
A dançarina Rita Cadilac se tornou a mais celebre Chacrete
do programa do Chacrinha. Foto de 1979
As "chacretes" do programa do Chacrinha na época na TV Tupi, em 1973,
sofreram censura na forma de vestir, com a visita de uma censora
do governo federal aos estúdios da TV, que queria que elas usassem uma saia
com no máximo cinco dedos acima do joelhos.
Buzina do Chacrinha - TV Bandeirantes - 1978
Zé Fernandes - popular e antipático jurado dos programas
de auditório de Silvio Santos - 1971
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Elke Maravilha e Pedro de Lara - jurados do programa
"Buzina do Chacrinha" - 1972
Anúncio no jornal do brasil do Rio de 31 dezembro 1970
sobre encerramento do jornal O seu Reporter Esso.
Foi um dos mais tradicionais programa de
noticiários da
radio e televisão brasileira. Seu inicio foi na Radio Nacional
do Rio de Janeiro em 1941 e, na televisão foi apresentado
de 1952 até 31 de
dezembro de 1970 pela TV Tupi.
Programa “Amaral Neto o Repórter” – Rede Globo. A proposta do apresentador e criador do programa
era explorar territórios, paisagens, costumes e tradições brasileiros desconhecidospelo grande público.
Mas, a real intenção era enaltecer os acontecimentos políticos e sociais, o “milagre econômico”
e as realizações dos presidentes da ditadura militar na década de 70.
Amaral Neto nos estúdios da TV Globo. |
Jogador de futebol Gerson apresenta programa
Ataque e Defesa na TV Tupi - Rio em 1973
Cid Moreira e Sergio Chapelin - Jornal Nacional - Rede Globo - 1976
Fotos: Walter Firmo
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Sergio Chapelin - 1979 |
Humberto Mesquita produzindo matéria para o programa
"Xeque-Mate" da TV Bandeirantes - 1971
Júlio Verner produzindo matérias para o programa
"Ninguem Segura este Reporter" para a TV Bandeirantes - 1971
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J.Silvestre - programa Opinião Pública - Rede Tupi - 1972 |
Blota Junior e Sonia Ribeiro no programa Fim de Noite pela TV Record - 1971
Apresentador Blota Junior - programa Olho da Notícia -
TV Cultura final da década de 70
Em 1974, o programa apresentado por Nelson Motta "Sabado Som"
lidera a audiência no horário das 15 horas pela Rede Globo.
Eram apresentados tapes com bandas e cantores no estilo pop-rock
nacionais e internacionais - Foto Walter Firmo
Silvio Santos contratado pela Rede Globo, e Ayrton Rodrigues apresentava o
programa Clube dos Artistas com sua mulher Lolita Rodrigues na TV Tupi em 1974
Ayrton Rodrigues e Lolita Rodrigues foram apresentadores do dos programa
Clube dos Artistas na década de 70. Foi um dos programas que mais tempo
permaneceu no ar: entre 1952 e 1980.
Cantor Nelson Gonçalves se apresenta no programa "Clube dos Artistas" pela
Rede Tupi em 1976. Nesse ano, o cantor completava 35 anos de carreira
com 1.000 canções gravadas em disco. Foto: Nagib Allit
Cantor Benito de Paula apresenta, em 1975,
pela Rede Tupi, o programa Brasil Som 75
Coronel Erasmo Dias em entrevista no programa Vox Populi na TV
Cultura - 1977
Anuncio agência de Propaganda P. A. Nascimento de 1972 com depreciação à programação da televisão brasileira. Os grandes apresentadores de programas de auditórios da época Flavio Cavalcante, Silvio Santos, Hebe Camargo e Chacrinha, aparecem nas fotos de uma forma grotesca.
Anúncio Zilomag – 1972. Este anúncio foi veiculado para contestar o conteúdo do anúncio da agência de Propaganda P. A. Nascimento (ver anúncio anterior), enaltecendo os apresentadores dos programas de auditório de maior audiência da década de 70. A empresa Zilomag era fabricante de rádios.
Depois de dez anos na Rede Globo, Silvio Santos transfere seu programa
dominical para a TV Tupi em agosto de 1976 - foto Pedro Martinelli
Silvio Santos - anos 70
Anúncio Rede Tupi - Programa
Silvio Santos - 1976
Hebe Camargo - TV Bandeirantes - 1979
Cantor Sidney Magal se apresenta no programa do Chacrinha.
Em 1979 ele era o cantor de maior sucesso popular.
Hugo Carvana no programa "Plantão de Polícia" - Rede Globo - 1979
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Programa do Bolinha - permaneceu na TV Bandeirantes de 1974 a 1994 |
No início da década de 70 o ratinho Topo Gigio encantou o
público infantil no programa “Mister Show”, na Rede Globo em horário nobre e, com parceria do
apresentador e humorista Agildo Ribeiro. Esse personagem boneco tinha sido
criado na Itália e, sua dublagem era feita pelo italiano Peppino Mazzullo, que
não falava português. O programa tinha a participação da atriz Regina Duarte
que na época era chamada de “a namoradinha do Brasil”.
Anúncio de 1970 sobre a nova série do programa com Topo Gigio.
Com o sucesso de Topo Gigio, foram lançados vários
produtos com
a marca do ratinho, tais como,
o boneco, discos, revistas, chaveiros, entre
outros.
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Programa Vila Sésamo - TV Cultura - 1972 |
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Personagem Gugu de Vila Sésamo - TV Cultura - 1972
Beth Mendes na gravação de "A Morte chega na Véspera"
que marcou a estréia do programa "Estúdio A" na TV Tupi em 1973
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Novelas anos 70
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Júlio Cezar Cruz - novela Tilim - TV Record - 1970
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Glória Menezes e Claudio Marzo na novela Irmãos Coragem - 1970 - Foto Adhemar Venezano |
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Sergio Cardoso na novela A Próxima Atração - Rede Globo - 1970 |
Novela de Dias Gomes "Bandeira 2" - 1971
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Francisco Cuoco e Regina Duarte - novela Selva de Pedra - 1972 |
Cena da novela Selva de Pedra - 1972
Tarcísio Meira na novela "O Semideus" - TV Globo - 1973
Juca de Oliveira e Dina Sfat na novela As Prais Desertas - Rede Globo - 1973
Claudio Corrêa e Castro e Eva Wilma na
novela Mulheres de Areia de 1973
Paulo Gracindo - Emiliano Queiroz e Lima Duarte na novela O Bem Amado - 1973
Lima Duarte no personagem Zeca Diabo da novela O Bem Amado - Rede Globo - 1973
Novela "O bem amado" - TV Globo - 1973
novela A Moreninha - Rede Globo - 1975
Novela "Saramandaia" - TV Globo - 1976
Tarcisio Meira e Glória Menezes em 1976
Regina Duarte - novela "Nina" - TV Globo - 1977
Gianfrancesco Guarnieri e Nicete Bruno na novela
da TV Tupi - Eramos Seis - 1977
Rubens de Falco e Lucélia Santos -
novela Escrava Isaura - 1977 - Rede Globo
Novela "Aritana" de Ivani Ribeiro com Carlos Alberto
Riccelli - Rede Tupi - 1978 - Foto: Irmo Celso
Sonia Braga e Antonio Fagundes em Dancin' days - 1978
Sonia Braga (ao centro) - novela: "Dancin' Days" - Rede Globo - 1978
Anúncio da novela "Como salvar o meu casamento"
com Nicete Bruno na TV Tupi - 1979
Anuncio da rete Tupi sobre novela "Dinheiro Vivo"
com Maitê Proença, Sérgio Mamberti e
Enio Gonçalves de1979.
Toni Ramos e Elizabeth Savalla na novela
"O astro" de Janet Clair.
Foto: Sergio de Souza
Ator Toni Ramos em 1979 -
foto: Sergio de Souza
Regina Duarte na minissérie "Malú Mulher" - Rede Globo - 1979
Música, Teatro e Shows nos anos 70
Sonia Braga na peça "Hair" - São Paulo - 1971
Anúncio da peça "Hair" - São Paulo - 1970
Anúncio peça "Hair" - Rio - 1970
Anúncio do Jornal do Brasil de 2 de dezembro de 1970
sobre show de Wilson Simonal no Canecão do Rio de Janeiro
Anúncio do show da cantora Maysa no Canecão
do Rio de Janeiro em 1970
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Dercy Gonçalves - peça "Os marginalizados" - 1972
Cantor Ivan Lins em 1971
Luiz Gonzaga - 1971
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Show com Luis Gonzaga e Luis Gonzaga Jr. no Rio em 1970
Roberto Carlos em 1970
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Rita Lee em 1970
Sempre vestido com terno preto, chapéu e óculos escuros, com
imagem de machão, o cantor Waldick Soriano já fazia muito sucesso
no interior do norte e nordeste brasileiro, quando foi lançado no sul
pelo Chacrinha e se tornou conhecido em todo o Brasil. Em 1971, aos
37 anos, tinha completado dois milhões de discos vendidos, em estilo
musical segundo críticos, “cafona” para a época.
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Cantor Walkik Soriano no programa do Chacrinha
conhecido como o "Sinatra do Sertão" - 1971 -
Foto de Adhemar Veneziano
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V Festival Internacional da Canção - Tony Tornado e
Trio Ternura - musica: "BR-3" - 1970
Cantor Tim Maia - show no Rio "O Som e o Sonho de Tim Maia" - 1970 |
Gil em show no Teatro Tuca, em São Paulo - 1972 - foto Mario Luiz Thompson
Jair Rodrigues e Originais do Samba no Festival do MIDEM em Cannes - 1971
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Martinho da Vila, Jorge Ben e Paulinho da Viola - 1972
Fotos do filme "Quando o carnaval chegar", de Cacá Diegues, protagonizado
por Chico Buarque, Maria Bethânia e Nara Leão. Fonte- Instituto Antonio Carlos Jobim - 1972
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Chico Buarque no show "Tempo e Contratempo" - 1974
Show de Toquinho e Vinicius de Moraes no Tuca - São Paulo - 1973
- Foto: Fausto Ivan
Cantor Silvio Caldas e Baden Powell no show "Silvio Caldas e você"
no Canecão do Rio - 1973
Cantor brasileiro anão Nelson Ned se apresenta no Carnegie Hall lotado
de Nova York em junho de 1974, onde é aplaudido de pé. Segundo o critico
musical John Craven do jornal New York Times: "O que espanta em
Nelson Ned é o volume na emissão da voz e a inesgotável variedade do
seu emocionante repertório."
Ele era o maior ídolo em toda a América latina, menos no Brasil.
Em 1971 ele lançou seu primeiro LP em espanhol, que permaneceu,
por seis meses, em primeiro lugar no hit parade americano de música latina.
Nelson Ned em programa de auditório no Brasil - 1975
Demonios da Garoa em 1974
Maria Bethânia no show Drama-Luz da Noite no Teatro da Praia - Rio - 1973
- Foto: Chico Nelson
Gal Costa: show em São Paulo - 1974
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Show de Elis Regina - 1972
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Elis Regina no show Falso Brilhante - dezembro de 1975
- Foto- Sergio Sade
O ator Paulo Gracindo e a cantora Clara Nunes na apresentação em 1974
da peça "Brasileiro Profissão Esperança" com direção de Bibi Ferreira.
Foto: Acervo do Canecão - Rio
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Cantor Wando em 1975 |
Cantor Wilson Simonal em 1975
Cantores Fagner e João Bosco já eram sucesso em 1975
Dois outros sucessos da década de 70: Walter Franco e Luis Melodia em 1975
O escritor Plinio Marcos se apresenta em show na Boate Igrejinha -
São Paulo - 1976 - Foto: Keiju Kobayashi
O músico Hermeto Paschoal, já em 1976 exaltado pela crítica,
como um gênio, se apresenta em show no Museu de Arte
Moderna no Rio - foto Walter Firmo - 1976
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Show de Sargentelli no Oba Oba - SP - 1978 |
Anúncio show Oba Oba - 1979
Milton Nascimento no I Festival do Jazz de São Paulo
Nara Leão e Dominguinhos - 1978
Show- Tom Jobim, Vinicius, Toquinho e Miúcha - Canecão- Rio - 1977
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Benito de Paula no show "Retratos de Cetim" no Rio em 1977
Raul Seixas no Festival Hollywood Rock no Rio de Janeiro em 1975
Em 1977, Raul Seixas faz show em São Paulo. Aos 32 anos já tinha lançado
6 discos. Foto: Sandra Adams.
Grupo musical "As Frenéticas". A partir de 1977 o grupo fez
um grande sucesso, com o estilo de música "Disco".
Fotos: Walter Firmo
Tuca, cantora e compositora de MPB, gravou um LP em 1964 com a música
" Porta Estandarte" de Geraldo Vandré. Morreu em 1978 de anemia causada
por regime alimentar macrobiótico para emagrecer. |
Cantor Odair José, de grande apelo popular, foi um
dos campeões de vendas de discos na década de 70
Cantora Rosemary no show "Rose, Rose, Rosemary" em 1976 - foto Keiju Kobayashi
Cantor Martinho da Vila em 1976
A velha guarda do samba em foto para anúncio da Bayer em 1976:
Orlando Silva, Zé Keti (sentado), Clementina de Jesus e Moreira da Silva - 1976
Jorge Ben - show no Rio em 1978
Cantora Célia se apresenta no show "Por um Beijo" no Teatro Pixinguinha
- São Paulo - 1978
Cantora Rita Lee no show "Babilônia" - Rio - 1978
Cantor Roberto Carlos em show de final de ano no
Canecão do Rio - dezembro de 1978 - Foto: Walter Firmo
Anúncio show de Roberto Carlos no Canecão do Rio - 1973
Caetano Veloso e Maria Bethania - 1978
Capa revista Veja - "A Opera do Malandro" - agosto de 1978
Em 1979 a cantora Fafá de Belem, além de ser um simbolo sexual,
já se destacava como uma grande cantora. Foto: David Zingg
Ney Matogrosso no show "Bandido" de 1977
Cantor Ney Matogrosso com o show "Feitiço" no
teatro Alaska do Rio - 1979 - Fotos: Chico Nelson
Anúncio do show de Gonzaguinha "Explode Coração" de 1979
Jorge Ben com o show no Rio - A Banda do Zé Pretinho
chegou para animar a festa - 1979
Jorge Ben (hoje Jorge Ben Jor) - década de 70
Show Gonzaguinha da Vida no tetro Procópio Ferreira em
São Paulo - setembro de 1979
Peça Macunaíma - Teatro São Pedro - 1978
Paulo Autran e Henriette Morineau na peça Coriolano
em Santo André - SP - 1974.
Peça “Navalha na Carne” de Plinio Marcos volta a ser
encenada em 1979 no Teatro Aliança Francesa em
São Paulo, após dez anos de censura.
Foto Cristina Villares
Plinio Marcos em 1979. Autor de peças polemicas nos anos 70,
como"Dois perdidos numa noite suja" e "Navalha na Carne"
Foto: Cristina Villares
Patricio Bisso interpreta em musical, várias personagens femininas
da história no teatro Treze de Maio em São Paulo - 1977
Fernanda Montenegro, com 50 anos e trinta de teatro, trabalhava
na novela “Cara a Cara” na TV Bandeirantes em 1979.
- Foto Solano José.
Vicente Leporace apresentador do programa na rádio
Bandeirantes "O Trabuco" - 1971
Zé Bettio foi um grande sucesso da Radio Record na década de 70
Capas de discos anos 70
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Chico Buarque - 1971
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Raul Seixas - Krig-Ha, Bandolo! - 1973
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Agnaldo Timóteo - 1974
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Caetano, Gil, Behania e Gal - Doces Bárbaros
- 1976
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Rita Lee - Babilonia - 1978
Trilha novela Dancin' Days - 1978 |
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Tim Maia - 1972
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Secos e Molhados - Sempre - 1973
Roberto Carlos - 1972
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Elis Regina - Falso Brilhante - 1976
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Maria Bethânia - Pássaro Proibido - 1976
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Gal Costa - GalTropical - 1979 |
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Milton Nascimento - Clube da Esquina II - 1978
Anos 70: campeões invisíveis
da música popular brasileira
Nos anos 70, não eram apenas cantores, amparados pela mídia,
como Roberto Carlos, Gal Costa ou Alcione que mais vendiam discos. Atualmente é conhecida como música brega e, segundo o historiador e jornalista Paulo Cesar de Araújo: "O brega é rejeitado por não se enquadrar nos critérios de avaliação estética das elites culturais brasileiras, que valorizam aquilo que é tradicional ou moderno".
Haviam
campeões invisíveis de venda, como Amado Batista, Carlos Alexandre, Marcio
França, Trio Parada Dura, Milionário e Zé Rico, que superavam 200.000 cópias
vendidas de um único disco.
Apesar de pouco divulgada nas colunas de critica musical e
não aparecerem nos grandes programas de televisão, esse tipo de música chamada
folclórica, “dor de cotovelo” ou “música de fossa”, segundo as gravadoras da
época, costumava ser de produção baixíssima, por não exigirem grandes
sofisticações em termos de qualidade de gravação, embalagem ou promoção. O
estilo musical era variado: sertanejo, bolero, seresta rock romântico, entre
outros.
Capa do LP de Amado Batista, "Sementes de amor". Em um ano
vendeu cerca de 700.000 cópias
Dentre os cantores criticados, Odair José foi o que mais vendeu
discos no formato compacto simples (com duas musicas) no primeiro
semestre de 1972.
Cantor Carlos Alexandre: 300 mil discos vendidos nos anos 70
Capa do LP "Manchete de Jornal" do cantor Marcio França.
Vendeu 250.000 cópias nos anos 70.
Capa LP "Castelo de Amor" do Trio Parada Dura de 1975.
O primeiro de grande sucesso nacional.
Capa do primeiro LP de sucesso de Millionário e José Rico - 1973
Após quarenta e dois anos de carreira, a dupla já tinha
vendido cerca
de 35 milhões de exemplares de seus 29 discos gravados desde
o
ano de 1973. Além disso, gravaram dois DVDs e dois filmes,
“Na Estrada da Vida,
de 1980”, e "Sonhei com você", de 1988.
Capa do LP de Teixeirinha lançado em 1975 com
regravação da música "Coração de Luto"
Vítor Mateus Teixeira, conhecido como Teixeirinha, nascido
no Rio Grande do Sul foi cantor e compositor de 758 músicas de muito sucesso. Na década de 70
criou sua própria produtora de filmes e produziu dez filmes nos quais
interpretava e escrevia os roteiros. Fez programas de radio e raras aparições
em programas de TV. também conhecido como o "Rei do Disco", pelos
recordes de vendas de discos que consegue até hoje, mesmo já falecido. Estima-se
que até os dias atuais tenha ultrapassado a marca de 120 milhões de cópias em
todo o mundo.
A música “Coração de luto” foi seu maior sucesso, conhecida
popularmente como “churrasquinho de mãe”, deu origem a filme com o mesmo nome. Lançado
com sucesso em 1967, conta a historia da infância e da morte trágica da mãe do
cantor quando ele tinha nove anos de idade. Ela sofreu ataque epilético e caiu
sobre uma fogueira onde queimava lixo.
Vitimado pelo câncer, Teixeirinha morreu em 1985 , seu grande legado está explicito em suas palavras: "Se eu fizesse música com intenções
sofisticadas ou intelectuais, estaria ainda hoje na beira da praia com meu
violão, a ver navios. Quando eu escrevi 'Coração de Luto' o povo se definiu
logo. Eu sou povo também, e as pessoas gostam de minhas canções porque elas
cabem exatamente no ouvido delas"
Relançamento em DVD do filme
Coração de Luto de 1967
Cinema Brasileiro anos 70
Darlene Gloria e Paulo Porto no filme de Arnaldo Jabor "
Toda Nudez será castigada" - 1973
Darlene Gloria com matéria de capa da revista Veja de maio de 1973
Cena do filme Aleluia Gretchen, sobre a imigração
alemã no Brasil. Direção de Silvio Back - 1975
Filme "Xica da Silva" com Zezé Mota - direção de Cacá Diegues - 1976
Cena do filme Lição de Amor com Marcos Taquechel e
Lilian Lemmertz. Direção Eduardo Escorel.
Cartaz do filme "A Dama do Lotação" - 1978. Recorde de bilheteria.
Sonia Braga em close para capa da Revista Veja de maio de 1978
Cartaz do filme "Dona Flor e seus dois maridos" - 1976. Outro recorde de bilheteria.
Reginaldo Farias e Ana Maria Magalhães no filme Lucio Flavio - 1977
Atriz nascida no Ceará, Florinda Bolkan fez vários filmes
para o cinema europeu na década de 70. Em 1977 se mudou
para Los Angeles para trabalhar no cinema americano.
Após triunfo no cinema europeu, Florinda Bolkan faz
filme para TV americana em 1978
Florinda Bolkan em matéria de capa da
Revista Veja de agosto de 1971
David Cardoso produtor, diretor e ator dos filmes
da era da pornachanchada - 1977
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Filme: Meu Pé de Laranja Lima - 1972
Curta metragem obrigatório na década de 70
Abertura dos filmes de Primo Carbonari - anos 70
A partir da metade da década de 70, o governo federal, através
do Concine, determinou a obrigatoriedade de exibição de filmes curta metragem feitos
no Brasil, antes da exibição do filme principal em cartaz no cinema. Na verdade, os cinemas tinham que cumprir uma carga horária equivalente a 84 dias por ano com exibição de filmes nacionais. O espectador
era obrigado a assistir documentários brasileiros (a maioria, muito ruins) antes do inicio do
filme que ele tinha proposto a assistir.
Os curtas metragens mais famosos da época eram produzidos
por Primo Carbonari, reconhecido por muitos, como o maior documentarista da
história do cinema brasileiro. Mas, para quem viveu essa época e frequentava assiduamente
os melhores cinemas de São Paulo era considerado um martírio ser obrigado a
assistir seus tediosos documentários, com narração em português antiquado,
rebuscado e ufanista.
Segundo a jornalista Carmen Cagno, em matéria publicada
no final da década, ele era “um fazedor de filmes.. Quem ainda não teve o prazer de assistir a um
de seus acessos de loucura ou picaretagem cinematográfica pode identifica-lo
facilmente pela reação da plateia. Quando ela começa a urrar dentro da sala de
exibição, gritar nomes impublicáveis e jogar coisas na tela, não tenha dúvidas:
estão exibindo um autêntico Primo Carbonari.”
Salas de cinema em São Paulo na década de 70
Salas de cinemas em São Paulo em dezembro de 1979. Fonte: Jornal da República
O recorte
de jornal com a programação do dia mostra o grande número de cinemas na Grande
São Paulo e alguns municípios do estado no final da década de 70. Nessa relação
faltam ainda alguns cinemas, é o caso do pequeno município de São Caetano, onde
não estão relacionadas, três outras salas.
Do que consta nessa vasta relação, é que praticamente todas
as salas foram fechadas dos anos 70 para cá. A maioria dos cinemas era de
grande capacidade de espectadores (Cine Piratininga possuía 4.313 lugares),
alguns deles eram suntuosos e construídos nas décadas de 40 e 50 e, na década de
70 já se observava que muitos foram divididos em salas menores, exemplo disso é
o caso do Cine Ipiranga com duas salas.
Com tantas salas de cinema "de rua" e conforme o filme em cartaz,
muitos tinham filas de “dobrar o quarteirão”, como se dizia na época.
Cine Piratininga em São Paulo. Esteve aberto até o final da década
de 70 (a foto é de 1986).
Boa parte dos cinemas, se transformaram em estacionamento ou igreja evangélica. Atualmente, a maioria dos cinemas se encontra nos shoppings.
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Cotações de filmes em cartaz em fevereiro de 1979 - Fonte: Revista Manchete
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Cartaz original do filme Terremoto - 1974
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Cine Comodoro em São Paulo com a exibição
do filme Terremoto em 1974.
O Cine Comodoro situava-se na Avenida São João, foi na década de 70 um dos melhores cinemas da cidade de São Paulo. Inovador nas tecnologias de exibição de filmes, o Comodoro tinha o sistema Cinerama onde três projetores trabalhavam simultaneamente em uma tela gigantesca com quase 180º de curvatura.
O filme Terremoto (Earthquake), do gênero “cinema catástrofe”, lançado em 1974, trouxe a tecnologia desenvolvida pela Universal Studios chamada Sensurround que dava maior intensidade ao áudio durante as sessões de cinema, a sensação era que o cinema trepidava nas cenas quando ocorriam terremotos, e trepidava mesmo. Houve na época reclamações de moradores de prédios vizinhos por causa da intensidade do som e de abalos nas estruturas dos edifícios.
Mazzaropi (Amacio Mazzaropi): produtor, ator e diretor do cinema brasileiro
Amacio Mazzaropi nasceu na cidade de São Paulo em 1912
começou a carreira como ator de circo e teatro até ser descoberto pelo diretor Abilio
Pereira de Almeida, dos estúdios Vera Cruz onde realizou seu primeiro filme “Sai
da Frente” em 1952.
Em 1958, vende todos seus bens, aluga equipamentos
cinematográficos e profissionais criando a Produções Amácio Mazzaropi - PAM Filmes e passa não só a realizar e produzir,
mas também distribuir os filmes em todo o Brasil. O primeiro filme dessa
produtora é "Chofer de Praça".
Seu sucesso se deve a criação do personagem caipira, com seu
chapéu de palha, calças arregaçadas, gestos desengonçados, jeitão simplório e
lascando seu toco de fumo de corda.
Na década de 70 os filmes de Mazzaropi, mesmo reprovados por
críticos de cinema, eram campeões de bilheteria no Brasil. Mazzaropi era tido
como o rei do cinema nacional.
Como disse José Marques de Melo, estudioso em Comunicações
de Massa: “Mazzaropi é um ator-empresário
com sensibilidade para produzir mensagens cinematográficas que se aproximam do
universo cultural da população de origem rural. ”
Os filmes de Mazzaropi não eram sucesso somente em cidades
interioranas, mas, e principalmente, nas grandes capitais onde, segundo o que o
autor Marques de Melo disse, em entrevista de 1978: “... nos últimos anos cerca de vinte por cento da população emigrou do
campo para as grandes cidades. E, naturalmente, esse contingente de migrantes
ao buscar o cinema como forma de lazer, prefere filmes que reproduzem tipos e
situações peculiares ao seu mundo de origem.”
Como disse Mazzaropi em entrevista na década de 70: “O que entendo por cultura popular? As
raízes do povo brasileiro. Assim, negar o caipira é negar a própria raiz.”
Mazzaropi morreu em 1981, deixando seu 33º filme inacabado.
Seguem anúncios de jornais dos filmes lançados na década de 70:
Anúncio filme Mazzaropi - Uma pistola pra D Jeca - 1970
Anúncio filme Mazzaropi - Betão Ronca Ferro - 1971
Anúncio filme Mazzaropi - 1972
Anúncio filme Mazzaropi - Um caipira em Bariloche - 1973
Anúncio filme de Mazzaropi - Portugal... Minha saudade - 1974
Anúncio filme Mazzaropi em O jeca macumbeiro - 1975
Anúncio filme Mazzaropi Jeca contra o capeta -1976
Anúncio filme Mazzaropi - Jecão ... um fofoqueiro no céu - 1977
Anúncio filme de Mazzaropi - Jeca e seu filho Preto -1978
Anúncio filme de Mazzaropi - A Banda das Velhas Virgens - 1979
Moda e comportamento nos anos 70
Na Copa de 1970, os rádios de pilhas eram muito usados
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Primeiras TVs em cores chegam as residencias no Brasil.
Era um produto para a classe rica e, com poucas horas
de transmissões em cores. Em 1979, cerca de 98% dos
domicílios paulistanos tinham televisão e 33 % das crianças
assistiam a TV durante mais de quatro horas por dia o que
levou o psicólogo Jacob Goldberg a classifica-la como uma
"babá eletrônica". Foto de 1972 por Celso Apolinário.
Propaganda
em jornal de janeiro de 1972 anunciando reserva de televisores
a cores antes do
inicio das transmissões que ocorreram oficialmente
em 19 de fevereiro de 1972
por ocasião da Festa da Uva em Caxias – RS.
A grande venda de televisores na década de 70, não representava
que houvesse boa transmissão das emissoras para os lares brasileiros.
A recepção dos canais de televisão eram péssimas e, em muitas casas, os
moradores tinham que colocar as antenas no alto de estruturas para que
pudessem ter uma imagem melhor. Mesmo assim, nem todos os canais "pegavam".
Antena de TV - Salvador - 1973: Nas regiões baixas, antenas eram
colocadas sobre pedaços de canos emendados para conseguir uma
boa altura, por conseguinte, melhora na recepção dos canais.
Anúncio da Telesp anunciando novas linhas de telefone para regiões
na cidade de São Paulo em 1974. Diferente do que ocorre hoje, nessa
época muitas pessoas esperavam mais de dez anos para obterem uma
linha telefônica a um custo muito alto.
Neste anúncio da Ericsson de 1970, é confirmado a mensagem
do anúncio anterior
O personagem "Sujismundo" fez sucesso nos anos 1971 e 1972
como estrela da campanha de higiene promovida pelo
governo militar, veiculada em diversas mídias.
Matéria revista Quatro Rodas de janeiro de 1970. Já nessa época, ocorriam
grandes congestionamentos de veículos nas estradas, em feriados prolongados.
Congestionamento na Av. Presidente Vargas, no Rio de Janeiro no
dia 16 de janeiro de 1979, motivo: de greve dos motoristas de ônibus.
Rodovia Anchieta em sábado de verão a caminho da
Baixada Santista em janeiro de 1970 - Foto Carlos Nambra
Anúncio da agência Blässe de Carli Propaganda Ltda de 1975 que aborda
a importância das agências anunciarem no período das férias de verão.
Nos anos 70, iniciou-se a invasão de turistas nas praias brasileiras durante os meses de verão.
Os turistas de poder aquisitivo menor, acampavam nas praias ou passavam o dia com refeições
trazidas de casa, eram os chamados "farofeiros" (referencia à farofa que acompanhava o frango).
Foto: Sergio Sade - janeiro de 1975
A crise do petróleo na década de 70
1979 1974
Anúncios do DNER sobre economizar gasolina.Com a crise mundial do petróleo em 1973 e, respectivo aumento no preço da gasolina, o governo brasileiro tomou medidas de racionalização do combustível, dentre elas e, as que mais afetaram o consumidor, foram limite de velocidade para 80 km/h nas estradas e, fechamento dos postos de combustíveis entre 23 e 6 horas nos dias úteis. Aos sábados os postos fechavam a partir das 19 horas e, nos domingos e feriados, o dia todo porem, alguns postos (poucos perante o grande território brasileiro) ficavam abertos aos domingos e feriados, conforme o "Guia da Gasolina" mencionado no anúncio abaixo Quem viajava nos finais de semana para lugares distantes, tinha que se programar (e fazer cálculos) para não ficar sem combustível na estrada.
Anúncio revista Quatro Rodas/Volkswagen de 1977
Anúncio GM - 1974. Campanha de interesse público para economia de gasolina.
Anúncio da Varga de 1974 no auge da crise mundial do petróleo,
com informações e dicas sobre como economizar combustível.
Anúncio sapato masculino Passo Doble de 1974, ironizando a situação de crise do
petróleo na década de 70.
Anúncio da Editora Abril de 1975. Na década de 70 foram lançados vários fascículos, vendidos em bancas de jornal, abordando as mais diversas esferas do conhecimento, coloridos e ricamente ilustrados e, que iriam dar origem a coleções de belos livros de capa dura. Colecionar fascículos tornou-se mania nacional e as estantes de livros ficavam na sala de visitas e, representavam status de conhecimento para a família mas, a maioria das pessoas não liam os livros, apenas ostentavam.
Acampar se tornou modismo nos anos 70. Como uma forma de contato
direto com a natureza, as famílias, e principalmente, os jovens, se muniam
de barraca, alimentos e uma grande parafernália de objetos e, viajavam
para lugares distantes (as vezes de carona) para passar férias ou,
nos feriados prolongados.
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Camping na cidade de Itú -interior de São Paulo às margens do rio Tiete em 1976.
Haviam duas opções de acampamentos, o chamado camping selvagem ou com
infra estrutura tais como energia elétrica, chuveiros, lanchonete, água potável, etc.
O Tobogan se tornou febre nacional como forma de entretenimento.
Foto de Antonio Andrade - Rio de Janeiro - 1970
Anúncio Tobogan no Parque do Ibirapuera - 1970
A febre das Discotecas
Anúncio Inauguração Papagaio Disco Club - 22 de dezembro de 1976. Foi também o
início da grande febre que influenciou a dança e moda nos anos 70. A Papagaio Disco
Club era a maior e mais famosa casa noturna no gênero.
Anúncio de inauguração da Banana Power no final de 1977.
Outra grande discoteque ou "disco" na cidade de São Paulo.
Em 1978 a febre das discotecas é incentivada pelo filme
"Os Embalos de Sabado à Noite" e da novela "Dancin' Days"
Em 1978, era comum nas discotecas, concursos de dança
Foto: Chico Nelson
Discoteca em 1979 - Foto Antonio Augusto Fontes
Meias Lurex - Coloridas e brilhantes, eram usadas
com sandálias. Moda "Disco" inspiradas na novela
Dancin' Days de 1978
Anúncio da Max Factor para Lojas Mappin de 1978,
inspirado em cena do filme Saturday Night Fever (Os
Embalos de Sabado à Noite) de 1977 com John Travolta.
Moda Disco - Revista Capricho - 1978
Patinação: moda na década de 70. Como os americanos começaram a dançar de patins
nas discotecas, a moda de patinação ocorreu nos anos 70, como esporte ou lazer.
Foto: Hiroto Yoshioka – 1979
O método Cooper de ginástica aeróbica se torna modismo na década de 70 - Foto de 1972
Acima, dois anúncios publicados em 1972. Enquanto o primeiro (à esquerda) promete aumento de peso, o segundo, a sua redução.
Skates e acessórios – Já praticado no Brasil no início da década de 70,
o skate tinha em 1978, cerca de um milhão de adeptos e, só na cidade
de São Paulo, cinco indústrias fabricantes de pranchas e acessórios.
Foto de 1978
Nos carnavais da década de 70, o estilista Clovis Bornay
era sempre o campeão dos desfiles de fantasia nos clubes.
Joãozinho 30 foi o maior carnavalesco da década de 70
Uri Geller, parapsicólogo israelense, se apresenta na Rede Globo
em julho de 1976 alcançado o maior índice de audiência da
televisão brasileira até então obtido. Dentre suas proezas
ele conseguia entortar talheres friccionando-os com as pontas dos dedos.
Emerson Fittipaldi ganhador do grande premio da Bélgica
em 1974
Anúncio Malboro - Texaco - 1974. Nesta corrida Emerson chegou em primeiro lugar pela MacLaren.
José Carlos Pace foi um grande piloto da formula 1 na
década de 70. Morreu de acidente aéreo em 1977.
Anúncio Brahma de 1975, homenageando o piloto José Carlos Pace
pela vitória no Grande Prêmio do Brasil de formula 1, realizado no
Autódromo de Interlagos em São Paulo.
Anúncio pneus Goodyear - fevereiro de 1975
Torcida do Corinthians recebe o time em São Paulo após ganharem partida
contra o Fluminense no Rio de Janeiro em 06 dezembro de 1976.
Cerca de 70.000 torcedores foram ao Rio assistir o jogo, o que causou transtornos
na cidade com engarrafamentos, tumultos, agressões e até mesmo a falta de
bebidas e cigarros nos bares e lanchonetes das imediações do estádio do Maracanã.
Anúncio Banespa - Banco do Estado de São Paulo - 1976.
Referencia à vitória do Corinthians sobre o Fluminense na semi final do
Campeonato Brasileiro de Futebol de 1976. Porem, no domingo seguinte,
dia 12 de dezembro, o time perdeu na final contra o Internacional em Porto Alegre.
A modelo Rose de Primo, apesar de ter nascido no bairro São Mateus
em São Paulo, foi o ícone da mulher carioca da década de 70. Suas
fotos saíram em capas de revistas, anúncios, editoriais de moda e
decorava as paredes dos mecânicos e borracheiros.
Foto: Capa da revista Manchete de fevereiro de 1979.
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Rose Di Primo em foto proibida na
década de 70.
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Rose Di Primo em editorial de moda nos anos 70
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MODA ANOS 70
No texto deste anúncio de 1973 da confecção Gal, são fornecidas informações
sobre como o homem deveria se vestir, seguindo as tendências da época.
Ver mais opções de anúncios sobre moda, neste mesmo blog no link:
"Anúncio de modas e acessórios nos anos 70"
Estilo hippie - matéria 1971
Elke Maravilha em inicio de carreira como modelo -
editorial de moda primavera - Jornal do Brasil - 1970
Estilista Dener na capa da revista Manequim.
Considerado o melhor da época - 1972
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Estilista Clodovil Hernandez - 1972 - Foto Jorge Butsuem |
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Moda Clodovil Hernandez - inspirada em desenhos das calçadas,
no Chacrinha e time de futebol - 1972
Matéria moda feminina de 1972 da revista Veja.
Matéria moda feminina de 1972 da revista Veja.
Matéria Jornal Folha de São Paulo moda feminina anos 70 - shorts
Tendencias da moda masculina apresentada na XVI Fenit
de 1973: lapelas largas, cores fortes, e saltos altos.
Anúncio tecidos Comfort Stretch de 1973.
As cores vermelho e rosa eram inconcebíveis para roupa masculina em décadas anteriores.
Anúncio Rhodia - 1974. Outro exemplo de moda masculina nas cores vermelho e rosa
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Moda masculina estilo executivo 1973. A pasta estilo 007 (referencia
ao agente James Bond) era o acessório primordial nessa época.
Fotos de anúncio dos Tecidos Santista.
Coleção Ducal - inverno de 1976
Coleção Ducal - inverno de 1976
Calças pantalona - década de 70
Moda verão - náutica - 1970. Foto: Roger Bester
Moda verão - náutica - 1970. Foto: Roger Bester
Praia de Ipanema - janeiro 1973
Vestidos modelo envelope - anos 70
Moda íntima 1972
Alta costura I - 1973
Alta costura II - 1973
Matéria
sobre o estilista soviético Slava Saizev, conhecido como o Dior russo que
revolucionou a moda na antiga União Soviética, na década de 70. Ver mais
detalhes sobre essa matéria na revista Manchete de fevereiro de 1979 no link:
Flores, pregos e gilete são bijuterias lançadas em 1977
Moda praia verão - 1978/79 - Foto: JR Duran
Moda verão 1978-1979 - fotos Walter Firmo
Moda verão 1978-1979 - fotos Walter Firmo-JR Duran
Moda verão 1978-1979 - fotos: JR Duran
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Moda alta costura - 1972 - Estilistas- Courregès e Féraud
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Sapatos femininos salto plataforma - 1972
Foto publicada em jornal sobre moda verão de 1974
Anúncio Kodak 1974. Capanga era uma pequena bolsa masculina de couro ou plástico, com pequena alça para pendurar no pulso, onde o homem levava seus pertences: documentos,chaves, cigarros, etc. Segundo diretor de marketing da empresa Mundial, uma das
primeiras a fabricar a capanga, em entrevista para a revista Veja em 1972: “Não
queríamos ferir o temperamento latino dos brasileiros, e por isso nos
inspiramos no alforge nordestino. Assim, usando uma bolsa como as que são
usadas no nordeste para carregar sal e cane seca, eles não se sentirão menos
viris.”
A capanga foi lançada em 1972 e,
no final da década quase todos
os brasileiros tinham uma.
Anúncio cintos e capanga da Ypu - 1978
Pasta de couro modelo 007, inspirado nos filmes com o agente James Bond, foi acessório muito usado nos anos 70 por executivos.
Pulseira masculina
Moda nos anos 70, havia uma grande variedade de tipos de
pulseiras para homens confeccionadas em prata, ouro ou aço. Eram grossas e
pesadas e podiam ser encontradas em camelos por preços baixos, mas existiam tambem as de grife famosas da época.
Pulseira de prata Pierre Cardin com 20 cm de compromento
Calçados masculino
Moda calçado masculino. Lançamento de 1972 com bicos arredondados e várias cores. Esses sapatos eram fabricados com saltos que variavam de 3,5 até 6 centímetros de altura.
O sapato plataforma ou salto carrapeta como era chamado nos
anos 70, encontrou de início, certa resistência por parte de certa parcela de
consumidores, principalmente relacionada a tradição do machismo brasileiro.
Alem desse fator, existiram outros, de ordem prática, tais como dores nas
pernas e o receio de não conseguirem se equilibrar sobre saltos tão altos. Por
fim, quase todos os homens usaram esse modelo de sapato.
Anúncio sapato masculino - 1973
Anúncio Loja Mappin - 1973
Os bigodes voltaram a ser moda nos anos 70
em estilos variados, acompanhados de costeletas
e cabelos razoavelmente compridos. |
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Moda Jeans - 1972. Para os jovens da época, a "boca de sino" das calças tinham que ser largas e encobrir o sapato, portanto, as calças arrastavam no chão o que causava desgaste na parte de trás
Em 1976, a confecção Gledson possuia 2.500 funcionários e produziam
300.000 peças de jeans por mês com 600 modelos criados por ano.
Terno unisex - 1972
Anúncio Wella - 1973
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Praia de Ipanema - verão de 1973
Praia de Ipanema - verão de 1973 -
Fotos de Chico Nélson e Antonio Andrade
A moda da publicidade chega ao Brasil. Anúncios são estampados nas roupas. - 1973 |
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Terno do estilista Clodovil Hernandez para
Confecções Regência - 1972 |
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Editorial de moda verão 70-71 - Revista Setenta da Editora Abril. Surgiu como
um projeto gráfico inovador, mas durou de abril a novembro de 1970
Matéria "Moda Jovem" - Revista Capricho - anos 70
Matéria "Reembolso Postal" - Revista Capricho - anos 70
Matéria "Reembolso Postal" - Revista Capricho - anos 70
Matéria "Reembolso Postal" - Revista Capricho - anos 70
Catálogo de moda - 1973
Encarte de moda - 1973
Artigo moda masculina - 1973
Artigo Moda PoP - 1973
Matéria jeans revista Capricho - 1974
Matéria revista Manequim - 1975
Matéria moda inverno revista Manequim - 1975
Moda praia década de 70
Modelo (a esquerda): Rosi Di Primo
Artigo revista Capricho - década de 70
Maquiagem - matéria Jornal do Brasil de junho de 1976
Moda inverno - sueters - matéria jornal do brasil - maio 1976
Matéria Jornal do Brasil - Pierre Cardin - 1978
Editorial de moda Jornal do Brasil - dezembro 1979
Jeans Ellus causa polêmica em 1979 com anúncio na TV
que mostrava um casal debaixo d´água se beijando
e se despindo ao som de “Mania de Você”, de Rita Lee
Ver anúncio TV em:
http://www.youtube.com/watch?v=fBg1thGEV5Y
Revistas nos anos 70
Anúncio Editora Abril - 1972 - Na década de 70, a Editora Abril já dominava o mercado de publicações de revistas. A empresa, fundada em 1950 por Victor Civita com a publicação de uma única revista (O Pato Donald), hoje continua dominando o mercado editorial com 219 títulos, dentre eles sete das dez maiores revistas brasileiras, e chega a 30 milhões de leitores.
Banca de jornais e revistas em 1971
Banca de jornais e revistas em 1971
Revista Isto É
Revista Isto É criada em 1976 por Domindo Alzugaray, ex-diretor comercial da Editora Abril e pelos irmãos Luiz e Mino Carta. Publicação semanal da Editora Três.
Outras capas da revista Isto É da década de 70...
Capa da revista Isto É de 6 de setembro de 1978 - nº 89
Capa da revista Isto É de 6 de junho de 1979 nº 128
Capa da revista Isto É de 19 de setembro de 1979 - nº 143
Revista Manchete
Revista Manchete surgiu em 1952 e se tornou uma das mais vendidas no Brasil. Publicada semanalmente e concorrente da revista O Cruzeiro, parou de circular em 2000, com a falência da Bloch Editores.
Revista Manchete digitalizada, de 10 de fevereiro de 1979 - nº 1399.
São 140 páginas escaneadas com assuntos tais como: visita do Papa
João Paulo II ao México; Nelson Rockefeller; Brook Shields; Anita Ekberg;
Toni Ramos; Fórmula 1; novela Dancin' Days; etc.
Ver no link:
Capa da revista Manchete de 03 de dezembro de 1977 - nº 1337 - Foto com Moshe Dayan, Anuar Sadat e Menahen Begin em Israel
Capa da revista Manchete de 9 de setembro de 1978 - nº 1377 com papa João Paulo I
Capa Revista Manchete de 24 de março de 1979 - nº 1405 - Foto carnaval
Capa da Revista Manchete de 01 de setembro de 1979 - nº 1428 - Foto Xa Reza Pahlavi e Farah Diba
Capa da revista Manchete de 29 de setembro de 1979 - nº 1432 - Foto Jacqueline Kennedy Onassis
Revista O Cruzeiro
Surgiu em 1928 com uma proposta inovadora nos aspectos gráficos, com reportagens mais aprofundadas em conteúdo e, mais ilustrada com fotografias. Foi a revista mais importante da metade do século XX com fabulosas tiragens, como quando ocorreu a morte do presidente Getúlio Vargas em 1954, com 720 mil exemplares. Com a grande concorrência de outras publicações semelhantes, na década de 70, O Cruzeiro encerrou suas atividades em 1975.
Revista O Cruzeiro - 1972
Revista O Cruzeiro - 1974
Revista Fatos e Fotos Gente
Era uma publicação da Bloch Editora, com editoriais sobre problemas sociais, atualidades, celebridades e mundo do entretenimento.
Capa Revista Fatos e Fotos Gente de 24 de
novembro de 1975- Nº 744 - Foto Leila Cravo
Revista Fatos e Fotos Gente - 8 de agosto
de 1976 nº 761 - Foto Sonia Braga
Revista Fatos e Fotos Gente - de
21 de agosto de 1978 nº 887 -
Foto Papa Paulo VI
Revista Fatos e Fotos Gente -
26 de fevereiro de 1979 - nº 914
Foto Wilma Dias
Revista Realidade
Lançada pela Editora Abril em 1966 e circulou até janeiro de 1976. Apresentava características inovadoras e provocativas para a época, com matérias inéditas nos temas e no estilo News Journalism quando o jornalista vivencia a matéria por um longo tempo. A revista Realidade dispunha dos melhores jornalistas e fotógrafos da época e chegou a uma tiragem de 500 mil exemplares vendidos em bancas.
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Revista Realidade de abril de 1971 -
com Leila Diniz |
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Revista Realidade - março de 1971 - nº 60
com Caetano Veloso |
Revista Veja
Publicação da Editora Abril, foi criada em 1968 pelos jornalistas Victor Civita e Mino Carta, e tida como a de maior circulação no Brasil, com uma tiragem de cerca de um milhão de exemplares. Suas editorias abordam temas como economia, cultura, internacional, artes, entretenimento, etc.
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Capa revista Veja 08/03/1972 - nº 183
jogador de futebol Garrincha
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Capa da revista Veja de 26/12/1979 - nº 590
Os anos 70 |
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Capa revista Veja de 03/06/1970 - nº 91-
Bilhete do revolucionário Carlos Lamarca
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Capa da revista Veja de 03/10/1973 - Nº 265
com Maria Bethânia |
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O dinheiro do Brasil na década de 70
Moeda de 1 cruzeiro - 1970
Em 1972 foi lançada moeda de 1 cruzeiro, com tiragem reduzida
e comemorativa aos 150 anos da Independência do Brasil.O presidente da
época era o general Médici, como "bom" ditador, exigiu que seu
rosto fosse cunhado nas moedas ao lado de Dom Pedro I.
Moedas de 50, 20 e 10 centavos na década de 70
Moedas de 5, 2 e 1 centavos com o tema: "Alimentos para o Mundo"
Em 1979 a moeda de 1 cruzeiro (acima) foi substituída por outra em aço inox,
bem menor no tamanho, com 20 mm de diâmetro e, com o tema "Cana de Açucar".
O custo para cunhar a moeda anterior, era maior que o valor da mesma.
Dinheiro no Brasil na década de 70: papel moeda
O Cruzeiro veio para substituir o Cruzeiro Novo em 15 de Maio de 1970, sendo
que um Cruzeiro valia um Cruzeiro Novo (moeda anterior). Durou até 27 de
fevereiro de 1986.
Anúncio Banco Mercantil de Minas Gerais
de 15 de maio de 1970.
Papel moeda anos 70
Cartões de crédito em 1970
Alguns cartões da década de 70
Anúncio cartão de crédito do Bradesco de 1971
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